No último sábado, 9 de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) conferiu um dos prêmios mais importantes da área – o Dr. Lee Jong-wook – ao pesquisador brasileiro João Aprígio de Almeida.
O prêmio foi devido ao trabalho inovador e êxitoso da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano, que já foi replicado em mais de 20 países, dentre eles os integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).
A rede brasileira é responsável por coletar e distribuir leite materno, com controle rigoroso, a recém-nascidos de baixo peso. É a maior e mais complexa rede do mundo, tornando-se referência por utilizar estratégias de baixo custo e alta tecnologia.
Desde o nosso Instituto, o aleitamento materno assume tamanha importância que criamos uma formação específica online sobre o tema: aleitamento materno e saúde mental, oferecida em 3 idiomas: espanhol, português e inglês.
Diversas pesquisas demonstram a importância fundamental da amamentação para a saúde física, mental e social dos bebês, não apenas prematuros. Os benefícios perduram ao longo de toda a vida adulta, conferindo, por exemplo, um melhor sistema imunológico.
Ao que se refere aos nutrientes do leite frente a qualquer fórmula artificial, não apenas o conteúdo proteico e graxo é o adequado, como também sua absorção por parte do recém-nascido, coisa que não é possível replicar com as fórmulas artificiais.
“O leite humano é superior a qualquer tipo de fórmula. Para cada litro de leite oferecido para as crianças prematuras é possível diminuir dois dias de permanência na UTI neo-natal e a alta hospitalar é mais precoce, pois as crianças ganham peso mais rápido e ficam mais resistentes”, destacou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
A OMS reforça a importância do Banco de Leite para a diminuição da mortalidade infantil, meta que está nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM 4) das Nações Unidas e que o Brasil conseguiu cumprir 4 anos antes do prazo, à frente de muitos outros países.